O EMB-120, um avião turbo hélice bimotor pressurizado de alta performance, desenvolvido pela fabricante brasileira Embraer, fazia a rota Luanda-Benguela e chegou à pista, do também designado aeroporto "17 de Setembro", às 10:59 minutos, numa altura em que centenas de pessoas ovacionaram, dada à expectativa no retorno dos voos domésticos à cidade das Acácias Rubras.
O presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (Enana), Manuel Ceitas, acompanhado de técnicos séniores da instituição, esteve entre os passageiros a bordo da aeronave, cuja aterragem inseriu-se nas festividades dos 35 anos da Independência Nacional.
Falando a jornalistas, o director regional centro da Enana, que responde pelas províncias de Benguela, Bié, Kwanza Sul e Huambo, Miguel Politano, afirmou que todas as companhias aéreas nacionais vão funcionar no aeroporto com recurso à aeronaves com peso igual ou inferior a 21 toneladas.
Segundo o responsável, a pista de 1620 metros de comprimentos e 30 de largura deste aeródromo serve para aparelhos como a Embraer-120 ou o Fokker 50, de porte médio e projectado pela indústria aeronáutica holandesa para atender mercados domésticos e regionais.
O responsável garantiu que todas as condições necessárias para que o aeródromo funcione em pleno foram criadas, embora deve ser reforçada a secção de recursos humanos e a técnica para se corresponder aos equipamentos modernos instalados.
“O aeroporto de Benguela não vai minimizar a importância do da Catumbela, na medida em que aquele continuará a funcionar recebendo aeronaves de grande, como a Boeing 737, ou ainda aparelhos de médio e pequeno porte”, assinalou.
Disse que dada às limitações impostas pela extensão da sua pista, o aeroporto de Benguela só pode receber as aeronaves com capacidade igual ou inferior a 50 lugares.
O aeroporto “17 de Setembro”, de acordo ainda com a fonte, conta com um sistema de balizagem de iluminação definitiva que é importante para a aterragem das aeronaves, dadas às condições meteorológicas.
Para além da EMB-120, outra aeronave do tipo Beechcraft King Air 200 (B200) ao serviço da companhia Air Jet, chegou ainda esta quinta-feira à pista do aeródromo de Benguela.
O aeroporto “17 de Setembro” dispõe de um edifício de mil e 800 metros quadrados, com salas de embarque para passageiros, de venda de bilhetes ao público, raio-X, check-in, controlo e um parque de estacionamento.
Os edifícios reservados aos passageiros e às mercadorias do aeroporto apresentam uma nova imagem, como resultado de um investimento de oito milhões, 499 mil e 959 dólares norte-americanos para proporcionar maior conforto, mobilidade, acessibilidade e segurança aos passageiros e às aeronaves.
O rés-do-chão do antigo edifício, completamente remodelado, está projectado ao desembarque de passageiros, o primeiro andar albergará restaurantes e lojas de conveniência, enquanto os serviços administrativos da Enana e ainda de controlo do tráfego aéreo e meteorológicos serão sedeados no 2º andar.
Também mereceu a atenção da empreitada, além da sinalização da pista de 1620 metros de comprimento e 30 de largura, o restauro dos sistemas de incêndios, de energia, de água e de comunicação, de modo que o aeroporto funcione em pleno.
A obra contemplou, a par disso, a melhoria da torre de controlo na antiga aerogare, onde ainda estão disponíveis serviços para vistoria de passageiros, tapetes rolantes para bagagens, dois sanitários e uma sala protocolar.
A Angop apurou que com mais passageiros embarcando e desembarcando no aeroporto “17 de Setembro”, a consequência será o maior número de turistas visitando a cidade de Benguela, o que é importante para o fomento do turismo e a economia do município.
Fonte: Angola Press
Fonte: Angola Press
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