terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Luanda terá mais 650 ônibus para minimizar caos no trânsito

Luanda - A capital angolana vai ter 650 novos ônibus circulando durante o primeiro trimestre de 2009 para tentar diminuir o trânsito caótico, anunciou nesta quarta-feira o diretor provincial dos Transportes, Amadeu Campos.

Os ônibus, importados da China, já foram distribuídos pelas diferentes operadoras do ramo, cabendo a maior parte deles à estatal Transportes Coletivos e Urbanos de Luanda (TCUL) e o restante a cada uma das cinco outras operadoras privadas.

Sem revelar os custos do investimento feito pelo Governo de Angola, o diretor provincial dos Transportes, em declarações à Rádio Nacional de Angola, disse que não será alterada a tarifa, mas deverão ser criadas novas rotas.

“Vamos colocar em circulação de forma faseada os novos autocarros [ônibus] que as operadoras já receberam”, salientou Amadeu Campos.

“Os preços irão se manter”, notou. Cada passageiro paga 30 Kwanzas (cerca de R$ 0,90), sendo uma tarifa subvencionada pelo Estado.

Quanto às rotas previstas, acrescentou que as empresas têm os destinos contratados, mas será dada preferência aos principais eixos rodoviários.

Segundo o diretor-geral da TCUL, Mário Silva, em 2009, além de projetar a entrada em circulação de novos ônibus, “prevê-se a reabilitação e melhoria das condições da sua principal base”, situada no município mais populoso de Luanda, o Cazenga.

“Os autocarros começam a circular a partir deste trimestre, pelo que neste momento se está a tratar de aspectos administrativos ligados aos autocarros nomeadamente, o seguro”, frisou.

A cidade de Luanda quase que não é servida por ônibus públicos e a alternativa têm sido as tradicionais vans de passageiros, conhecidas como candongueiros, de 18 lugares, que majoritariamente circulam sem licença.

Embora não existam dados seguros, as estimativas da polícia apontam para cerca de 30 mil candongueiros circulando em Luanda, sendo que apenas quatro mil estão licenciados.

Na capital, onde se calcula que estejam mais de 70% dos cerca de 700 mil veículos registradas no país, continua a ser normal fazer distâncias de menos de 20 quilômetros, como, por exemplo, chegar à capital das cidades vizinhas, como Cacuaco, em quatro ou cinco horas.

Nos planos das autoridades angolanas estão ainda a criação de linhas de ferry-boat entre Cacuaco e Luanda e Benfica e Luanda.

Em fase final de construção estão as vias em perfil de rodovias entre as principais localidades da área da capital angolana, sendo o trajeto entre Viana e Luanda agora mais fluído devido à finalização das obras naquela via.

Por Agência Lusa

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