A pesar de nada constar a propósito após as reuniões das distintas comissões da Confederação Africana de Futebol (CAF) no último fim-de-semana no Cairo (Egipto), segundo o comunicado oficial divulgado no seu site, a verdade é que Angola corre o risco de não organizar o CAN’2010, segundo deixou transparecer recentemente à mídia internacional o sul-africano Dany Jordaan.
Em declarações feitas em Joanesburgo (África do Sul), no passado dia 8 e citadas pelo matutino nigeriano Varguard, de grande circulação em Lagos, o dirigente sul-africano, que é presidente do comité organizador do «Mundial’2010», disse que o Comité Executivo (CE) da CAF iria discutir na reunião do passado fim-de-semana a possibilidade de Angola deixar de ser sede do próximo CAN.
Questionado sobre os insistentes rumores que circulam nos bastidores do «desporto-rei» africano segundo os quais a prova pode ser transferida para a África do Sul, Dany Jordaan disse apenas que «por enquanto nada há de concreto e esta é uma decisão que só deverá ser tomada quando o Comité executivo decidir se Angola está ou não em condições de organizar o evento». Fontes do Semanário Angolense no Cairo, contactadas esta sema-na por email, disseram que o CE está preocupadíssimo com a forma lenta e às vezes displicente como decorrem os preparativos para o CAN’2010.
Depois da reunião e, apesar da apresentação feita pelo director-adjunto do Comité Organizador do Campeonato Africano das Nações (COCAN), António Mangueira, persistem as dúvidas da maior parte dos membros da CE quanto à capacidade de Angola criar todas as condições para a realização de um CAN sem grandes problemas. É que, no Cairo, o segundo homem do COCAN falou, fez promessas mil e nada mostrou de tangível, como já é seu timbre, e isso deixou as pessoas desconfiadas, elas que esperavam pelo menos por um vídeo actual sobre o que está a ser feito. Por isso, nem mesmo o facto de se ter expressado correctamente em inglês e em francês convenceu a plateia.
Com isso, Angola perdeu a confiança da CAF, que antes estava super convencida de que era realmente possível que o nosso país criasse condições óptimas para a organização do CAN. De tal sorte que no CE apenas o presidente Issa Hayatou ainda tem algumas esperanças – poucas, mas as tem – de que o barco vai acostar a bom porto. Todos os restantes membros já se mostram aberta ou veladamente contra a realização do CAN em Angola. No Comité Executivo, o argelino Mohamed Raouraoua é dos que se opõe claramente à disputa do CAN em terras angolanas por entender que a realização da prova está praticamente comprometida.
Nesta «cruzada», é secundado pelo mauriciano Sekutu Patel, este um pouco mais moderado nas suas posições do que o primeiro. Como se sabe, ambos estiveram nas três missões de inspecção da CAF que vieram ao nosso país aferir o grau de cumprimento do caderno de encargos para a organização do CAN. Isso é preocupante, na medida em que Sekutu Patel é o presidente do Conselho das Federações de Futebol da África Austral (COSAFA), organismo regional onde Angola está inserida.
Em condições normais, o «número 1» dessa organização regional deveria defender o seu filiado, o que não aconteceu. Para bom entendedor… Profundamente desiludida com Angola – isto é algo que não foi dito à delegação presente no Cairo por razões éticas – a supra-estrutu-ra da CAF tem no alojamento para turistas uma das suas principais preocupações, tendo em atenção que para as delegações participantes, oficiais da CAF e jornalistas o assunto parece arrumado, segundo promessas do COCAN.
Os oficiais da CAF estão desapontados nomeadamente com a promessa do COCAN segundo a qual iriam ser construídos 23 novos hotéis nas cidades que vão acolher a prova e não as pensõezinhas – de qualidade duvidosa e a preços absurdamente altos – que amiúde são apresentadas como alternativas para suprir a carência de hospedagem. Este capítulo em particular agasta profundamente as gentes da CAF, que nos últimos anos registaram com satisfação a subida do número de torcedores estrangeiros – principalmente de países vizinhos da sede –, algo que pode vir a baixar substancialmente por conta desses problemas.
Em declarações feitas em Joanesburgo (África do Sul), no passado dia 8 e citadas pelo matutino nigeriano Varguard, de grande circulação em Lagos, o dirigente sul-africano, que é presidente do comité organizador do «Mundial’2010», disse que o Comité Executivo (CE) da CAF iria discutir na reunião do passado fim-de-semana a possibilidade de Angola deixar de ser sede do próximo CAN.
Questionado sobre os insistentes rumores que circulam nos bastidores do «desporto-rei» africano segundo os quais a prova pode ser transferida para a África do Sul, Dany Jordaan disse apenas que «por enquanto nada há de concreto e esta é uma decisão que só deverá ser tomada quando o Comité executivo decidir se Angola está ou não em condições de organizar o evento». Fontes do Semanário Angolense no Cairo, contactadas esta sema-na por email, disseram que o CE está preocupadíssimo com a forma lenta e às vezes displicente como decorrem os preparativos para o CAN’2010.
Depois da reunião e, apesar da apresentação feita pelo director-adjunto do Comité Organizador do Campeonato Africano das Nações (COCAN), António Mangueira, persistem as dúvidas da maior parte dos membros da CE quanto à capacidade de Angola criar todas as condições para a realização de um CAN sem grandes problemas. É que, no Cairo, o segundo homem do COCAN falou, fez promessas mil e nada mostrou de tangível, como já é seu timbre, e isso deixou as pessoas desconfiadas, elas que esperavam pelo menos por um vídeo actual sobre o que está a ser feito. Por isso, nem mesmo o facto de se ter expressado correctamente em inglês e em francês convenceu a plateia.
Com isso, Angola perdeu a confiança da CAF, que antes estava super convencida de que era realmente possível que o nosso país criasse condições óptimas para a organização do CAN. De tal sorte que no CE apenas o presidente Issa Hayatou ainda tem algumas esperanças – poucas, mas as tem – de que o barco vai acostar a bom porto. Todos os restantes membros já se mostram aberta ou veladamente contra a realização do CAN em Angola. No Comité Executivo, o argelino Mohamed Raouraoua é dos que se opõe claramente à disputa do CAN em terras angolanas por entender que a realização da prova está praticamente comprometida.
Nesta «cruzada», é secundado pelo mauriciano Sekutu Patel, este um pouco mais moderado nas suas posições do que o primeiro. Como se sabe, ambos estiveram nas três missões de inspecção da CAF que vieram ao nosso país aferir o grau de cumprimento do caderno de encargos para a organização do CAN. Isso é preocupante, na medida em que Sekutu Patel é o presidente do Conselho das Federações de Futebol da África Austral (COSAFA), organismo regional onde Angola está inserida.
Em condições normais, o «número 1» dessa organização regional deveria defender o seu filiado, o que não aconteceu. Para bom entendedor… Profundamente desiludida com Angola – isto é algo que não foi dito à delegação presente no Cairo por razões éticas – a supra-estrutu-ra da CAF tem no alojamento para turistas uma das suas principais preocupações, tendo em atenção que para as delegações participantes, oficiais da CAF e jornalistas o assunto parece arrumado, segundo promessas do COCAN.
Os oficiais da CAF estão desapontados nomeadamente com a promessa do COCAN segundo a qual iriam ser construídos 23 novos hotéis nas cidades que vão acolher a prova e não as pensõezinhas – de qualidade duvidosa e a preços absurdamente altos – que amiúde são apresentadas como alternativas para suprir a carência de hospedagem. Este capítulo em particular agasta profundamente as gentes da CAF, que nos últimos anos registaram com satisfação a subida do número de torcedores estrangeiros – principalmente de países vizinhos da sede –, algo que pode vir a baixar substancialmente por conta desses problemas.